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#1588831
•
prova:
100990
•
questão 1
prova
•
edital
Português
•
Interpretação de Textos
|
Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
2021
•
UFAM
•
UFAM
•
Analista de Ti
Exibir texto associado
Leia o texto a seguir, constante (e adaptado) do livro
A Ilha do conhecimento
, de Marcelo Gleiser (Rio de Janeiro: Record, 2019, p. 165-166). Após a leitura, responda a questão, elaborada a partir do que se contém no texto.
Quando se trata de ideias estranhas, físicos devem ser bem céticos. Quantas ideias já não foram propostas e aceitas pela maioria da comunidade antes de serem sumariamente rejeitadas pelo acúmulo de evidências? O éter eletromagnético, o flogisto, o calórico, o planeta Vulcan, proposto pelo astrônomo francês Urbain Le Verrier para explicar anomalias na órbita de Mercúrio... a lista é longa. Podemos culpar essa proliferação aos excessos da imaginação humana, inflada pelo apego insistente a uma ideia. Mas como poderia ser diferente? Afinal, se você não acreditar em sua ideia, outros acreditarão menos ainda. É melhor ter alguma explicação, mesmo que errada, do que nenhuma. Contanto que seja testável.
Queremos saber, precisamos saber, e fazemos o possível para construir um argumento aparentemente racional que explique um fenômeno novo. Justificamos a nova hipótese com argumentos plausíveis a fim de convencer nossos colegas. Essa atitude é essencial para o avanço do conhecimento: explicações erradas nos aproximam daquelas certas. Se você não lida bem com o fracasso, é melhor evitar a carreira científica. A ilha do conhecimento não cresce de forma previsível, linear. Às vezes, é forçada a recuar, expondo lacunas no conhecimento que acreditávamos ter preenchido. Mesmo que a imaginação seja uma ferramenta essencial desse processo de invenção e descoberta, não pode trabalhar sozinha: toda hipótese científica precisa ser testável. Se vinte físicos teóricos fossem trancados em uma sala, sem acesso a observações, e ordenados a inventar o universo, chegariam a um muito diferente do nosso.
O multiverso é uma ameaça séria a esse método operacional de propor hipóteses e testá-las através de observações. Se outros universos existem além do nosso horizonte cósmico, não poderemos jamais receber um sinal deles ou lhes enviar um sinal. Se existem, são completamente inacessíveis aos nossos instrumentos. Nunca poderemos vê-los e muito menos visitá-los. Se seres inteligentes vivem em um universo paralelo ao nosso, também não poderão nos visitar. Portanto, em um senso restrito, a existência do multiverso não pode ser diretamente confirmada.
Por outro lado, poucos físicos modernos defenderiam a velha posição positivista, expressa dramaticamente pelo físico e filósofo austríaco Ernst Mach, em 1900, quando afirmou que átomos não existem, pois não podem ser vistos. Existem modos de auferirmos a existência de algo, mesmo se não podemos vê-lo, tocálo ou ouvi-lo. Astrofísicos fazem isso quando usam o movimento de estrelas ao redor de um “ponto” no espaço para deduzir a existência de um buraco negro gigantesco no centro de nossa galáxia. Da mesma forma, ninguém “vê” um elétron – apenas os traços que elétrons deixam em vários tipos de detectores e aparelhos.
No texto existem, de modo expresso ou implícito, as seguintes ideias:
I. A possibilidade da existência do multiverso (universos paralelos) pode vir a comprometer o método experimental usado pela ciência.
II. O desenvolvimento científico não cresce de modo contínuo e regular; pelo contrário, sofre recuos, devido a testes de comprovação das hipóteses.
III. A existência de cientistas vaidosos, com a pretensão evidente de sobressair, tem afetado o desenvolvimento das pesquisas científicas.
IV. No último parágrafo, o autor acena com a possibilidade de que um dia possamos ter certeza da existência de universos paralelos ao nosso.
V. A ciência, ao longo de seu desenvolvimento, tem cometido mais erros do que acertos, apesar de ser prestigiada.
Assinale a alternativa
CORRETA
:
A
Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas II, III e V são verdadeiras.
E
Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
necessário selecionar uma resposta
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#1588832
•
prova:
100990
•
questão 2
prova
•
edital
Português
•
Gêneros Textuais
|
Interpretação de Textos
|
Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
|
Redação e Reescritura de Texto
|
Denotação e Conotação
2021
•
UFAM
•
UFAM
•
Analista de Ti
Exibir texto associado
Leia o texto a seguir, constante (e adaptado) do livro
A Ilha do conhecimento
, de Marcelo Gleiser (Rio de Janeiro: Record, 2019, p. 165-166). Após a leitura, responda a questão, elaborada a partir do que se contém no texto.
Quando se trata de ideias estranhas, físicos devem ser bem céticos. Quantas ideias já não foram propostas e aceitas pela maioria da comunidade antes de serem sumariamente rejeitadas pelo acúmulo de evidências? O éter eletromagnético, o flogisto, o calórico, o planeta Vulcan, proposto pelo astrônomo francês Urbain Le Verrier para explicar anomalias na órbita de Mercúrio... a lista é longa. Podemos culpar essa proliferação aos excessos da imaginação humana, inflada pelo apego insistente a uma ideia. Mas como poderia ser diferente? Afinal, se você não acreditar em sua ideia, outros acreditarão menos ainda. É melhor ter alguma explicação, mesmo que errada, do que nenhuma. Contanto que seja testável.
Queremos saber, precisamos saber, e fazemos o possível para construir um argumento aparentemente racional que explique um fenômeno novo. Justificamos a nova hipótese com argumentos plausíveis a fim de convencer nossos colegas. Essa atitude é essencial para o avanço do conhecimento: explicações erradas nos aproximam daquelas certas. Se você não lida bem com o fracasso, é melhor evitar a carreira científica. A ilha do conhecimento não cresce de forma previsível, linear. Às vezes, é forçada a recuar, expondo lacunas no conhecimento que acreditávamos ter preenchido. Mesmo que a imaginação seja uma ferramenta essencial desse processo de invenção e descoberta, não pode trabalhar sozinha: toda hipótese científica precisa ser testável. Se vinte físicos teóricos fossem trancados em uma sala, sem acesso a observações, e ordenados a inventar o universo, chegariam a um muito diferente do nosso.
O multiverso é uma ameaça séria a esse método operacional de propor hipóteses e testá-las através de observações. Se outros universos existem além do nosso horizonte cósmico, não poderemos jamais receber um sinal deles ou lhes enviar um sinal. Se existem, são completamente inacessíveis aos nossos instrumentos. Nunca poderemos vê-los e muito menos visitá-los. Se seres inteligentes vivem em um universo paralelo ao nosso, também não poderão nos visitar. Portanto, em um senso restrito, a existência do multiverso não pode ser diretamente confirmada.
Por outro lado, poucos físicos modernos defenderiam a velha posição positivista, expressa dramaticamente pelo físico e filósofo austríaco Ernst Mach, em 1900, quando afirmou que átomos não existem, pois não podem ser vistos. Existem modos de auferirmos a existência de algo, mesmo se não podemos vê-lo, tocálo ou ouvi-lo. Astrofísicos fazem isso quando usam o movimento de estrelas ao redor de um “ponto” no espaço para deduzir a existência de um buraco negro gigantesco no centro de nossa galáxia. Da mesma forma, ninguém “vê” um elétron – apenas os traços que elétrons deixam em vários tipos de detectores e aparelhos.
Sobre o texto em sua totalidade e sobre aspectos linguísticos nele existentes, assinale a alternativa
INCORRETA
:
A
Com o uso do pronome “você”, o autor procura dar um tom coloquial ao texto.
B
No terceiro parágrafo, as três orações iniciadas com “se” dão ideia de condição.
C
No último parágrafo, o verbo “auferir” deve ser substituído pelo parônimo “aferir”.
D
Observa-se a predominância da função emotiva ou expressiva.
E
Pertence ao gênero textual dissertativo-argumentativo.
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#1588833
•
prova:
100990
•
questão 3
prova
•
edital
Português
•
Morfologia
2021
•
UFAM
•
UFAM
•
Analista de Ti
A respeito dos elementos mórficos das palavras, atente para as afirmativas a seguir:
I. Na palavra “grandes”, por exemplo, a letra “s” funciona como morfema pluralizador; entretanto, se dissermos “grande”, a ausência do “s” constitui um morfema zero.
II. No vocábulo “tragicômico”, observa-se o fenômeno da haplologia, que ocorre para simplificar, evitando a duplicação de sílabas: trágico + cômico.
III. Vocábulos como “baú”, “ontem” e “antes” são indivisíveis, por só possuírem um elemento mórfico.
IV. Quando a vogal temática é alterada, estamos diante de um alomorfe; esse fenômeno acontece, por exemplo, com “começou”.
V. Observe a forma verbal “acabo”; a análise mórfica do elemento destacado – o “o” – indica que se trata de desinência número-pessoal.
Assinale a alternativa
CORRETA
:
A
Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas III e V são verdadeiras.
E
Todas as afirmativas são verdadeiras.
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•
prova:
100990
•
questão 4
prova
•
edital
Redação Oficial
•
Manual de Redação da Presidência da República
2021
•
UFAM
•
UFAM
•
Analista de Ti
O Manual de Redação Oficial da Presidência da República dá instruções sobre o uso do idioma nos documentos oficiais, bem como estabelece normas para a padronização. Considerando o que esse manual estabelece, assinale a afirmativa
INCORRETA
:
A
As aspas são usadas no início e no fim de citações; se, entretanto, a frase terminar, por exemplo, com um ponto de interrogação, elas devem ser pospostas a esse ponto, não se devendo usar mais nenhum ponto. Exemplo: O ministro perguntou ao jornalista: “Minha entrevista será amanhã?”
B
As siglas com mais de três letras devem ser escritas com todas as iniciais maiúsculas: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPQ.
C
Os títulos de livros, revistas e jornais devem ser grafados em itálico, com inicial maiúscula em todas das palavras, exceto nas de ligação. Sendo assim, deve-se escrever, por exemplo: o jornal
Correio da Manhã
, do Rio de Janeiro, já não existe mais.
D
Para realçar palavras e trechos em documentos oficiais, deve-se evitar o sublinhado, dando-se preferência ao negrito, porém sem usar abusivamente desse recurso.
E
De acordo com a Gramática Normativa, o sujeito não pode vir preposicionado. Dessa forma, não se pode escrever: “Já está na hora do deputado redigir a emenda proposta à Constituição.”
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•
prova:
100990
•
questão 5
prova
•
edital
Português
•
Crase
2021
•
UFAM
•
UFAM
•
Analista de Ti
Leia as frases a seguir; depois, coloque nos parênteses que as antecedem
C
, se o emprego ou a ausência do acento indicativo de crase estiver correto, e E, se estiver errado:
( ) Na condição de poeta iniciante, sem domínio próprio das técnicas líricas, ele escreve versos à Vinicius de Moraes.
( ) Não retornei à minha casa hoje, após o trabalho, porque fui àquela comemoração da qual me falaste.
( ) A Teoria Geral da Relatividade, proposta por Albert Einstein, não se contrapôs nenhuma outra que questionasse sua validade.
( ) As alunas será destinada uma bolsa de estudos, que contemplará à que melhor desempenho apresentar.
( ) A temperatura da água aumenta continuamente até 100º centígrados, se uma panela de água for aquecida a base de gás.
( ) Assistir a lutas do MMA era a diversão preferida do Melo, sendo essa mania, vista à distância de dez anos, uma obsessão.
Assinale a alternativa que preenche
CORRETAMENTE
os parênteses, de cima para baixo:
A
C – C – E – E – E – C
B
C – C – C – E – E – C
C
E – C – E – E – C – E
D
E – E – C – C – C – E
E
E – E – C – C – E – C
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