Leia a tira para responder às questões de números 01 a 03.
(Bill Watterson. O mundo é mágico: as aventuras de Calvin e Haroldo, 2010)
A partir da leitura da tira, é correto afirmar que seu efeito de humor deriva principalmente do fato de que
a insistência do pai em ajudar acaba por levar o garoto a ver na bicicleta uma ameaça a sua segurança e a querer descartá-la.
a reação do garoto ao medo de andar de bicicleta parece excessiva, com falas sobre a morte e o desejo de se livrar para sempre da bicicleta.
o pai zomba do medo do filho no último quadro ao tentar convencê-lo de que ele deve mudar seus objetivos.
o pai segue segurando a bicicleta do filho apesar de este manifestar claramente a sua aversão à bicicleta.
o filho se contradiz ao afirmar que deseja andar de bicicleta e, ao mesmo tempo, que isso o faz sentir medo de morrer.
No contexto em que foram empregados, os vocábulos “iminência” e “desmantelar” possuem como sinônimos, respectivamente:
proximidade e desmanchar.
dúvida e desmontar.
véspera e abalar.
superioridade e desfazer.
aniquilação e abolir.
Assinale a alternativa em que a frase da tira foi alterada em conformidade com a norma-padrão de colocação pronominal.
O seu equilíbrio vai melhorar se você soltar-se.
Me deixa tenso a iminência da morte, eu admito!
Eu admito que deixa-me tenso a iminência da morte!
Se concentre no seu objetivo.
Pois eu não o vou mudar.
Leia o texto para responder às questões de números 04 a 09.
Flor-de-maio
Entre tantas notícias do jornal — o crime de Sacopã, o disco voador em Bagé, a nova droga antituberculosa, o andaime que caiu, o homem que matou outro com machado e com foice, o possível aumento do pão — há uma pequenina nota de três linhas, que nem todos os jornais publicaram. É assinada pelo senhor diretor do Jardim Botânico, e diz que a partir do dia 27 vale a pena visitar o Jardim, porque a planta chamada “flor-de-maio” está, efetivamente, em flor.
Meu primeiro movimento, ao ler esse delicado convite, foi deixar a mesa da redação e me dirigir ao Jardim Botânico, contemplar a flor e cumprimentar a administração do horto pelo feliz evento. Mas havia ainda muita coisa para ler e escrever, telefonemas a dar, providências a tomar.
Suspiro e digo comigo mesmo — que amanhã acordarei cedo e irei. Digo, mas não acredito, ou pelo menos desconfio que esse impulso que tive ao ler a notícia ficará no que foi — um impulso de fazer uma coisa boa e simples, que se perde no meio da pressa e da inquietação dos minutos que voam.
No fundo, a minha secreta esperança é de que estas linhas sejam lidas por alguém — uma pessoa melhor do que eu, alguma criatura correta e simples que tire dessa crônica a sua substância, a informação precisa e preciosa: no dia 27 em diante as “flores-de-maio” do Jardim Botânico estão gloriosamente em flor. E que utilize essa informação saindo de casa e indo diretamente ao Jardim Botânico ver a “flor-de-maio”.
Ir só, no fim da tarde, ver a “flor-de-maio”, aproveitar a única notícia boa de um dia inteiro de jornal, fazer a coisa mais bela e emocionante de um dia inteiro da cidade imensa. Se entre vós houver essa criatura, e ela souber por mim a notícia, e for, então eu vos direi que nem tudo está perdido; que a humanidade possivelmente ainda poderá ser salva, e que às vezes ainda vale a pena escrever uma crônica.
(Rubem Braga. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1992, Adaptado)
A partir da leitura da crônica, é correto afirmar que a notícia sobre o desabrochar da flor-de-maio
surpreendeu o autor que, por não se interessar por plantas, procura passar adiante os detalhes a quem se interesse pelo assunto.
não foi considerada pelos jornais como algo importante e, portanto, não foi publicada em nenhum meio de comunicação no dia certo.
fez o autor se dirigir imediatamente ao Jardim Botânico para cumprimentar o responsável por este acontecimento.
foi, segundo o autor, o único fato importante daquele dia, embora os jornais tenham se concentrado em assuntos mais banais.
motivou o desejo do autor de ir ao Jardim Botânico para testemunhar algo de belo e emocionante que aconteceu na cidade.
A respeito das reflexões feitas pelo autor no texto, é correto afirmar que ele
considera que vale a pena escrever crônicas se elas servirem para inspirar as pessoas a priorizarem, em seu cotidiano, um acontecimento belo como o florescimento de uma flor-de-maio.
vê os leitores como pessoas superiores por não terem tantos compromissos diários que tomam tempo, como textos para ler e escrever e telefonemas para fazer.
se mostra sarcástico ao afirmar que a humanidade poderá ser salva se todos os jornais passarem a noticiar os nascimentos das flores em vez de dar notícias ruins.
julga que a queda de um andaime e o aumento do preço do pão fazem as pessoas se recolherem em suas casas, enquanto a notícia sobre o nascimento de uma flor as leva a saírem.
se mostra orgulhoso por ser o único a notar o nascimento da flor-de-maio e contar o fato para os leitores, ainda que ele não tenha condições de visitar o Jardim Botânico.
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